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O ofício dos cargos dentro da produção de um anime

  Muitos dos que consomem anime não sabem, ou ignoram tal fato, que por trás de cada anime há toda uma equipe, chamada de staff, universalmente, trabalhando e dando vida a obra. Claro, não podemos culpa-los, nem todos querem se aprofundar e saber mais dos bastidores da animação japonesa, e mesmo que a esmagadora maioria dos consumidores de anime não busquem saber disso há aquela minoria interessada em saber os pormenores dessa forma de arte. E pensando nessa minoria de pessoas trago aqui um artigo explicando, seja de modo geral ou mais aprofundado, quais os cargos existem e quais os seus trabalhos em uma produção de anime.  É importante lembrar o seguinte: a indústria de anime não é algo uniforme, cada estúdio pode atribuir um ofício diferente aos cargos dentro de uma produção de anime ou então os cargos tem seus nomes alterados e suas funções são as mesmas. Isso significa que em um estúdio tal cargo com determinado nome pode ter um papel e em outro estúdio o cargo pode ter o mesmo nom
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Fansubs em animes: uma viagem no tempo - Parte 2, o apogeu

Olá amigos, chegamos na parte 2, considero a virada do milênio como o período mais prolífico por duas razões: a primeira se deve ao acesso mais fácil com a popularização dos computadores pessoais e da internet, antes grupos de fansubbers restringidos a pessoas próximas e de um mesmo local passaram a se reunir de diferentes lugares por meios de clientes IRC e mensageiros instantâneos, juntamente a outros fãs de animes. O surgimento de codecs de vídeo mais eficientes e reprodutores de mídia permitiu os episódios legendados serem executados em computadores pessoais, e a distribuição de episódios em fitas caiu em desuso. O vídeo abaixo do canal Otaking Animation exemplifica bem a transição dos anos 90 aos anos 2000 na legendagem de animes: No Brasil, mesmo com a popularização dos produtos audiovisuais nipônicos, sobretudo na extinta TV Manchete na década de 90 e a consolidação da TV paga, os modos de tratamento concedidos por emissoras (como a Globo e a Cartoon Network) no decorrer do proc

Fansubs em animes: uma viagem no tempo - Parte 1, o nascimento

Olá amigos, trago para vocês um texto repleto de nostalgia e informação, convido todos a participarem da viagem no tempo no universo de fansubs nos animes. Dividirei esse artigo em três partes, a primeira parte será sobre o surgimento das comunidades nas décadas de 60 e 70.  A palavra fansub é de origem inglesa, formada da contração de fan (fã) com subtitle (legenda), ou seja, legenda de fãs. O termo também indica um grupo de fãs que produzem e distribuem legendas para filmes ou série de TV de outra língua, sem autorizações dos criadores das obras, por conseguinte podendo ser considerado de maneira ilegal. Hoje em dia pode parecer absurdo, sobretudo tendo em vista a facilidade para encontrar animes lançados no Japão com poucas horas de diferença em plataformas como a Crunchyroll, mas há sessenta anos, se você desejasse encontrar um episódio de anime lançado no Japão era necessário ajoelhar e torcer para que a animação fosse famosa o suficiente, como Astro Boy, exibido nos Estados Unido

Bibliografia sobre Anime e Mangá

"Quem não lê, não pensa e, quem não pensa, será sempre um servo", Paulo Francis.     Sempre existirá livros sobre determinado assunto, e junto disso, existirá o que chamamos de   bi bliografias, que são uma listas de livros sobre determinado tema, algo feito para auxiliar quem deseja conhecer mais sobre um assunto em especifico.    Com anime e mangá não é diferente, há vários estudos sobre esses dois temas, porém, não é algo tão conhecido pelas pessoas que consomem anime e mangá, ou que até criam conteúdos com foco nestas duas coisas. Obviamente, ninguém é culpado por ser um ignorante, mas tem culpa se permanecer na ignorância, exceto os casos extremos de ignorância invencível, os quais nunca chegaram à Verdade, esses estão isentos dessa culpa e mesmo que haja muitos desse tipo hoje, a grande maioria das pessoas não se encaixa nessa categoria. Muitos continuam na ignorância porque querem, podem até não saber por onde começar a trilhar o caminho para sair da Caverna, e nisso e

One Piece: a série (resenha)

     O tão aguardado live-action de One Piece fez sua estreia e foi amplamente recebido de braços mais do que abertos pelos fãs do mangá de Eiichiro Oda e teve, também, uma boa recepção daqueles que jamais leram o mangá ou assistiram ao anime de mesmo nome. A série conta com 8 episódios, cada um com um tempo de exibição diferente, que varia entre 49 minutos a um pouco mais de 1 hora de duração, esses 8 episódios adaptam desde o arco  Romance Dawn até o fim do arco  Arlong Park da obra original.    A obra precisou fazer diversos cortes na história para conseguir concluir a primeira temporada em um bom desfecho para o live-action , creio que a série teve um desempenho satisfatório em relação a essa parte da produção, exceto por uns tropeços como os dois episódios focados na tripulação quando estão na cidade natal de Usopp, que ficou quase insuportável de assistir na adaptação de tão chato que é, e a cena do chapéu, com o Luffy colocando o chapéu de palha dele na Nami, tão marcante no m

Gnose em animes, um fenômeno corriqueiro

Antes de fazer qualquer menção é mais prudente enfatizar o que é gnose e usar duas definições claras sobre o tema. Considerações iniciais Busquei referências do assunto e encontrei a bela tradução do Dissidência Pop ao artigo “Gnósticos Sonham Com Robôs Gigantes? O crescimento do gnosticismo nos animes japoneses”, de autoria de Miguel Conner e co-escrito com Elan Gonzales e publicado no “The Gnostic: A Journal of Gnosticism, Westerm Esotericism and Spirituality”, Terceira Edição. O dissidência Pop também faz menções para alguns clássicos da ficção científica das últimas décadas associando elas ao gnosticismo, como Blade Runner, adaptação inspirada pelo clássico Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas? de Philip K. Dick. Quero ressaltar a opinião dos autores, embora eu não concorde por inteiro é importante ter idéia da contribuição do artigo para a disseminação de conhecimento e o levantamento de discussões que possam trazer novas luzes ao tema. Deixei citando os autores todos os trechos